Os olhos atentos do multiartista Olhodepeixe capta as paisagens corriqueiras da cidade de Amparo e as transforma em arte. Gabriel Emanuel, 24 anos, assina suas obras com o codinome do animal vertebrado, que tem a visão adaptável e enxergam por contrate entre a água, a luz e o alimento. Mais do significativo para a arte que usa a luz para criar imagens e contar histórias.
“Para dialogar com tudo que a fotografia de rua desperta em mim, encontrei no lambe-lambe uma forma de levar essas imagens de volta ao espaço onde nasceram. A arte urbana, popularizada nas décadas de 1980 e 1990, se baseia na produção de cartazes colados em postes e paredes da cidade. O que me encanta nessa técnica é sua democratização” pontua Emanuel
As memórias afetivas pela cidade vêm desde pequeno. Nascido em Mogi Guaçu, migrou para a cidade aos 9 anos, onde encontrou inspiração para sua arte, onde o foco permeia a fotografia e a escrita.
“A fotografia se manifestou cedo na minha vida. Cresci em um estúdio fotográfico e me encantei especialmente com a caixa de fotos da minha família, onde registros de várias gerações eram guardados. Acredito que foi ali que nasceu a ideia do que produzo hoje. Aos 17 anos, ao começar a me expressar pela fotografia, sonhava com o mundo editorial e suas megaproduções. Mas, com o tempo, ressignifiquei meu olhar. Voltar às minhas raízes me levou à fotografia ordinária, ou como também é conhecida, fotografia de rua.”
“As cenas saem das ruas para as paredes e nada mais justo do que as ruas as verem. Criar para as ruas é aceitar que tudo passa. É nessa impermanência que encontro beleza, como nas idas à feira de sexta-feira na rodoviária ou na imagem de um senhor de cartola sentado no ônibus, uma expressão viva da poesia do instante.” finaliza
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