Líder do Jota Quest fala ao Rota ligado em Serra Negra

Apresentação às 22h
Rogério Flausino e o Jota Quest: promessa de um grande show na sexta-feira, em Serra Negra Foto: Jota Quest Oficial

O cantor, compositor e músico Rogério Flausino, nome expoente da Família Jota Quest, se diz ansioso para o show de sexta-feira (8), no Centro de Convenções Circuito das Águas Paulista, em Serra Negra. Pela primeira vez, a estância hidromineral recebe o consagrado projeto da banda batizado como “Jota Quest Acústico – Músicas Para Cantar Junto”, lançado em setembro de 2017. O trabalho comemora na região a turnê bem-sucedida de 15 meses pelo Brasil e exterior.

A apresentação está prevista para às 22h e os ingressos ainda podem ser comprados através do endereço eletrônico da Alpha Tickets www.alphatickets.com.br ou momentos antes show nas bilheterias da casa. Os preços variam de R$ 69 a R$ 230.

Rogério Oliveira de Oliveira, que adotou Flausino no universo artístico, atendeu o portal Rota das Águas para um bate-papo demorado e descontraído. Sobre a visita à região avisou: “Será uma experiência inédita e especial para todos nós que estivermos no Centro de Convenções. Será uma linda noite de paz, amor e música”, diz.

Prestes a completar 47 anos, em abril, o artista mineiro, nascido em Alfenas, faz parte de uma família de músicos conhecidos, entre eles os irmãos-cantores Wilson Sideral e Flávio Landau e o primo Marcus Menna, vocalista da banda L.S. Jack.

Na entrevista, que gentilmente concedeu ao Rota, Rogério Flausino conta que o “Acústico” era um grande sonho do Jota Quest e convidou os fãs para uma viagem à história da banda. Ele ainda comenta sobre o sucesso do grupo, das músicas que atingiram marcas históricas, novos projetos e muito mais.

Rota das Águas – A história do Jota Quest começou em 1993 e lá se vão 26 anos de estrada. Qual é o segredo da longevidade e do sucesso que a banda faz?
Rogério Flausino – Acho que não tem segredo. É só trabalho duro mesmo (rs). Nossa entrega e dedicação ao sonho de ter uma grande banda sempre foi maior do que tudo. Seja no estúdio ou na estrada, no mundo “digital” ou “ao vivo”, a gente sempre se joga na parada de corpo e alma. É preciso também destacar que não chegamos até aqui sozinhos… Ao longo desta caminhada tivemos o apoio de muita gente bacana. Desde a nossa gravadora, a Sony Music, que é a mesma desde o início, à nossa legião de fãs queridos e dedicados, passando pelo apoio gigante das rádios, TVs e de vocês, da mídia em geral. Só temos que agradecer as grandes marcas e parceiros das turnês feitas pelo Brasil afora, além dos inúmeros profissionais, amigos e artistas incríveis com quem a gente já trabalhou e aprendeu quase tudo. Posso assegurar a vocês que valeu, e que vale, muito a pena. Estamos sempre juntos, sempre os mesmos integrantes.

 O show acústico entra em seu terceiro ano e contabiliza 200 milhões de views & plays nas plataformas digitais. Você chegou a ter dúvidas que o projeto seria vitorioso? O que citaria como diferencial?
Rogério Flausino
– Aquele “friozinho” na barriga de que poderia não dar certo sempre existe em qualquer projeto. No caso deste, nosso primeiro “Acústico”, tão sonhado e esperado, acho que a expectativa era ainda maior. Acredito que o sucesso está ligado, principalmente, ao fato de que reunimos aqui nossas melhores e mais queridas canções em um único espetáculo. Trabalhamos cada música com muito carinho, e depois, organizamos tudo para os shows, que contam a nossa história musical de 25 anos de batalha e amizade. É tudo muito envolvente e emocionante. Este projeto é diferente de tudo que já havíamos feito.

Como você avalia o atual momento do cenário da música brasileira em que o sertanejo “sofrência” e os chamados “hits chicletes” parecem ter tomado conta das programações das rádios. Como definiria a atual fase rock nacional?
Rogério Flausino
 – A diminuição do pop rock nas rádios deve-se, na minha visão, principalmente à fase financeira ruim das grandes gravadoras, que sempre investiram neste estilo. Durante um longo período, estas companhias viram seus lucros irem embora por causa da pirataria e da chegada do mundo digital. Este tempo acabou. Mas vejo uma nova leva de artistas d pop rock chegando para mudar este cenário. Tem sempre uma rapaziada legal fazendo um som maneiro e de qualidade. Isso no Brasil inteiro. Tem uma banda nova de uns “molekes” lá de BH chamada “Lagum”, que é bem bacana e acaba de assinar contrato com a Sony Music. Os garotos Victor Kley e o Melin estão com números incríveis. Tem também uma garota de Santos, da pesada, chamada Dani Velocett. Eu gosto também do “O Terno“, “Plutão Já Foi Planeta“, “Far From Alaska“.  Deixa eu te contar, há um ano fizemos um projeto em parceria com o Youtube chamado “Jota Quest Collab”, onde trabalhamos com quatro novos artistas da cena digital bem bacanas: Mussa, Gabriel Elias, Jão e a Mari Nolasco. Todos super jovens e muito talentosos. Então, a cena esta repleta de novos artistas de pop rock e de varias tendências e estilos. Acredito que agora vai acontecer um reagrupamento destes novos artistas pela indústria e vamos viver um momento incrível para o nosso seguimento.

A música “Dias Melhores”, em sua versão acústica, acaba de bater 30 milhões de visualizações e só está atrás de “Só Hoje”, com 40 milhões. O que poderia nos dizer sobre as marcas históricas?
Rogério Flausino – Estamos muito felizes com estas incríveis marcas. “Dias Melhores” e “Só Hoje” são dois de nossos maiores sucessos. Cada uma representa um estilo importante de canções nas quais temos acreditado. Nos enche de orgulho terem ganhado novas versões de sucesso após tantos anos.

Qual é a história por traz destas músicas? Algo baseado em fatos reais? Poderia nos contar?
Rogério Flausino – “Dias Melhores” foi lançada no ano 2000, no CD “Oxigênio”, que era um álbum com temática ecológica. Escrevi essa musica anos antes, numa fase mais difícil. Foi em um dia em que voltávamos de um show cancelado por falta de publico (rs). Foi como uma forma para se obter motivação e seguir em frente. Já “Só Hoje” nasceu de um bilhete que recebi da minha namorada na época, e parceira de canções até hoje, a  Fernanda Mello. Transformei o bilhete em canção na mesma noite. Foi lançada em 2002, no CD “Discotecagem Pop Variada”.

Há algum novo projeto em andamento? Quais as novidades que os fãs do Jota Quest podem esperar para o futuro?
Rogério Flausino – Estamos curtindo muito esta fase “Acústica”. A turnê tem 15 meses e achamos que ainda temos muitos lugares para passar e retornar com este show. Em novembro passado estivemos Portugal e em maio vamos para os Estados Unidos. Estamos muito animados também com a possibilidade de lançamentos de singles digitais, ainda na vibe do “Acústico”, com faixas que ficaram de fora do repertório do DVD. O primeiro já lançamos em janeiro, “Morrer de Amor”, com a participação do Alexandre Carlo, da banda de reggae de Brasilia, Natiruts. Esperamos lançar mais alguns EPs ao longo do ano, que poderão incluir até canções inéditas!! Sobre um novo disco ou projeto? Só em 2020.

Mesmo com quase 26 anos de estrada, o público do Jota Quest se renova. Percebe-se nos shows a presença de antigos, mas também de novos fãs? É uma banda que passa de geração para geração. Isso te envaidece?
Rogério Flausino 
– Com certeza sim. É uma dádiva poder chegar até aqui e perceber que nossas canções venceram o tempo e que continuam fazendo diferença na vida das pessoas. É o maior barato receber famílias inteiras nos shows. Somos muito gratos por isso.

Serra Negra é uma das mais belas e procuradas estâncias do Estado de São Paulo. Fica no chamado Circuito das Águas Paulista, assim como Águas de Lindoia,  Jaguariúna, Holambra, Lindoia, Amparo, Monte Alegre do Sul, Pedreira e Socorro. Qual é a lembrança que a região lhe traz na memória?
Rogério Flausino – É uma região muito linda e muito agradável. Acredito que já estivemos em boa parte das cidades que mencionou. Particularmente, me lembro de um passeio que fizemos em família, há muitos anos, que foi lindo. Minha mãe era apaixonada por Holambra, por causa das flores. Será um prazer poder retornar à região justamente agora, com o “Acústico”, e tocar para todos vocês

O que o público pode esperar no show de sábado? Alguma surpresa?
Rogério Flausino – Sempre fomos muito bem recebidos nesta região. Nossas canções sempre tocaram muito nas rádios por aí, e continuam tocando. Nestes mais de 25 anos de sucesso já tocamos em diversas casas, eventos e ambientes diferentes, mas esta será a primeira vez que faremos nosso show “Acústico”, em Serra Negra. Acho que será uma experiência inédita e especial para todos nós que estivermos no Centro de Convenções. Será uma linda noite de paz, amor e música.

 

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