8 de março: Feliz Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher Foto: Divulgação

Maria Alice é linda, mas aos 40 anos não tem mais a vitalidade juvenil. Eduarda tem um belo rosto, mas está acima do peso. Renata parece um anjo quando está bem, mas como toda mulher se transforma em determinadas horas por causa dos hormônios. Catarina cuida dos filhos muito bem e por isso não precisa exercer a profissão que estudou tanto para conquistar.

As personagens são fictícias, mas as situações, e não somente essas, se repetem cotidianamente em todos os cantos do planeta. Muito se diz da luta por equiparação salarial e por direitos iguais. Por sinal, discussões e ações muito válidas porque sem elas a mulher sequer votaria. Mas pouco se comenta da violência dos estereótipos que diuturnamente alveja as mulheres.

É um comentário aqui, um olhar ali, uma falta de “je ne sais quoi”. E tudo se repete, afinal de contas as mulheres são mais frágeis e precisam ser norteadas para melhor conduzir suas vidas. Pois vou lhe contar um segredo: isso não é verdade. Ninguém precisa disso.

Ninguém precisa dizer que não existe beleza depois dos 40, porque existe. Ninguém precisa dizer que o manequim 48 não é aceitável, porque se não fosse, sequer existiria. Ninguém precisa dizer que mulher não tem controle sobre seus sentimentos por causa dos hormônios, porque ela tem sim. Ninguém precisa dizer que mulher só pode ser uma coisa, porque elas são múltiplas.

Ninguém precisa apontar e ditar regras para as Marias Alices, Eduardas, Renatas, Catarinas. Ninguém precisa estereotipar o feminino para encobrir o machismo.

Por um Dia Internacional da Mulher mais condescendente.

Feliz dia das verdadeiras mulheres.

Por Andreia Pereira 

 

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