1º Festival do Orgulho Negro movimenta praça em Amparo

1º Festival do Orgulho Negro é atração em Amparo
Cantora Ellen Oléria se apresenta no sábado em Amparo (Foto: Thiago Sabino)

O 1º Festival do Orgulho Negro acontece neste sábado (19) e domingo (20) na praça Pádua Salles, em Amparo. O evento marca a celebração do Dia da Consciência Negra e traz atrações musicais e apresentações teatrais. O objetivo, de acordo com a diretoria de Direitos Humanos e Inclusão Social do município, é dar protagonismo a essa população e levar a reflexão para uma sociedade antirracista.

O evento tem início às 14h do sábado (19), com a apresentação do grupo campineiro Maracatucá. A partir das 17h, será a vez do grupo carioca Afrojazz. O dia encerra às 20h, com o show da cantora Ellen Oléria.

No domingo (20), às 14h, haverá uma roda de conversa mediada pelo Bando Preto, coletivo de artistas pretos de Amparo, às 17h, se apresentam o Bando Preto e Cia. Lázara. Para fechar a programação, às 19h, a atração é a Cia. Cênica, de São José do Rio Preto.

Serviço

1º Festival do Orgulho Negro
Local: Praça Pádua Salles
Endereço: Rua General Osório, centro, Amparo-SP
Dias: 19 e 20 de novembro, sábado e domingo
Entrada: Gratuita

Programação

Sábado, dia 19 de novembro
14h às 15h30 – Maracatucá
O Maracatucá foi fundado em 2008 por batuqueiros de Campinas que queriam aprofundar seus conhecimentos sobre maracatu de baque virado.  O grupo é formado, em sua maior parte, por estudantes e profissionais de diversas áreas, que mesclam os saberes acadêmicos com os da vivência da cultura popular. O Maracatucá é filho da nação do Maracatu Porto Rico e da nação do Maracatu Encanto do Pina. Nas suas apresentações, o Maracatucá reafirma a origem africana do batuque e entrega uma apresentação rica em dança e som.

17h às 18h – Afrojazz (show)
Influenciado por artistas como Moacir Santos e Fela Kuti, o grupo Afrojazz mescla ritmos africanos e percussão a riffs de guitarra e elementos do reggae e do hip-hop. O grupo nasceu da afirmação de que o jazz tem origens africanas, sendo uma manifestação da África nas Américas. O combate ao racismo se transforma em um ato político dentro dos shows do Afrojazz. O grupo também já foi premiado em um campeonato de jazz, na China, e percorre o Brasil com apresentações que reforçam o papel do povo negro na música.

20h às 21h30 – Ellen Oléria (show)
Ellen Oléria é uma cantora e compositora brasileira, natural de Brasília. Com mais de 16 anos na estrada da música, a artista acumula prêmios em festivais, cinco discos lançados e turnês realizadas pelo Brasil e pelo mundo. Conhecida pelo público por seu timbre cintilante e repertório brasileiríssimo, a soprano dramática, Ellen Oléria condensa em sua performance o que o povo brasileiro reconhece como seu entusiasmo e um sorriso que nunca sai do rosto, o que ilumina cada canção que canta. Com seu último disco, “Afrofuturista”, foi reconhecida como melhor cantora pelo Prêmio da Música Brasileira.

Domingo, dia 20 de novembro
14h às 16h – Roda de conversa – “Saúde Mental: um recorte sobre raça e classe” (Bando Preto)
Mediado pelo Bando Preto, coletivo de artistas pretos de Amparo, a conversa abordará a saúde mental da população negra e de que forma o racismo estrutural afeta essas populações. Psicólogas participarão do papo, que convida a população a refletir sobre preconceito racial e seus impactos.

17h às 18h – Apresentação teatral “Carne de Língua” (Bando Preto e Cia. Lázara)
“Carne de Língua” é uma contação musical adaptada de um conto africano que traz a reflexão sobre o poder de cura através da palavra. A peça mostra a força da oralidade, da escuta ativa, do resgate da ancestralidade e suas origens, além de  dar voz às mulheres e a força do matriarcado. O espetáculo dura 40 minutos de duração. Depois, será aberta uma roda de conversa de 20 minutos.

19h às 20h – Apresentação teatral “Virado à Paulista” (Cia. Cênica)
Em Pirapora do Bom Jesus, batucadas dos mais diversos estilos deixaram os barracões e ganharam as ruas. Em homenagem aqueles que com muito ritmo, melodia e poesia compuseram a história do samba paulista, a Cia. Cênica conduz esta viagem que tem como portos as raízes africanas, os cordões carnavalescos, a institucionalização do samba, a resistência do samba de raiz e o preconceito racial. A Cia. Cênica é um grupo de repertório criado em 2007, em São José do Rio Preto (SP) e já apresentou o espetáculo em diversas cidades do Brasil.

 

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