O Circuito das Águas Paulista tem tradição não só no turismo, mas também musical. Fortemente marcado pela moda de viola, seis das nove cidades que compõem a região apresentam orquestras de viola caipira. Conheça detalhes dos conjuntos presentes em Amparo, Holambra, Jaguariúna, Pedreira, Serra Negra e Socorro.
Flor da Montanha de Amparo
Fundado em 2011, o grupo teve início a partir de um curso de viola caipira promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Após um ano de curso, os 15 alunos participantes tiveram a iniciativa de fundar a Associação Orquestra de Viola e, assim, nasceu a Orquestra de Viola Caipira Flor da Montanha de Amparo.
Os músicos da orquestra são profissionais que exercem atividades das mais variadas, tais como mecânico, comerciante, aposentado, funcionário público, bancário, agricultor, cirurgião dentista, funileiro, estudante, auxiliar de produção, eletrotécnico, contador. Portanto uma mistura de profissionais com uma mesma vocação, a música sertaneja raiz, através da viola caipira.
Entre os objetivos da Orquestra de Viola Caipira Flor da Montanha de Amparo estão pesquisar e documentar as manifestações folclóricas e populares da cultura brasileira, principalmente a cultura caipira.
Orquestra de Viola Caipira de Holambra
A Orquestra de Viola Caipira de Holambra foi criada em 2015 e é composta atualmente por pessoas de várias idades, diferentes profissões, nascidas em diversas cidades do país e até fora dele. Todas os membros, no entanto, apresentam como ponto em comum a paixão por música sertaneja raiz.
O comandante do grupo desde 2019 é o maestro Marcel Dadario. A Orquestra conta com um coral feminino e todos os integrantes estão aptos a fazer solos das canções.
A Orquestra já fez mais de 60 apresentações no estado de São Paulo.
Orquestra Municipal Violeiros do Jaguary, de Jaguariúna
A Orquestra Violeiros do Jaguary foi criada em 2005 e atualmente está sob a regência do maestro e luthier José Carlos Dias Bicalho. O maestro é estudioso da música raiz e do folclore brasileiro, com mais de 40 anos de experiência.
Além do repertório musical, onde prioriza a autêntica música de raiz, a proposta da orquestra é divulgar os grandes compositores e também contar histórias e causos, que costumam encantar os apaixonados e fãs por assuntos relacionados ao sertão.
A Orquestra Violeiros do Jaguary já fez apresentações em programas de televisão, como o de Inezita Barroso, na TV Cultura, missas na Basílica de Aparecida e marcou presença nos Jogos Pan Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Também abrilhantou festas em cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná nas quais foi convidada.
Orquestra de Violeiros de Pedreira
A corporação de Pedreira foi formada em 9 de abril de 2002 pelo músico Claudio Cassiani, que rege os violeiros até os dias atuais. A estreia aconteceu na 1ª Missa Sertaneja rezada na cidade há 20 anos. Atualmente 40 músicos compõem a Orquestra de Violeiros.
De acordo com o responsável pelo grupo, a proposta é preservar as tradições da cultura caipira e do folclore brasileiro por meio de costumes, músicas e danças. Os violeiros colecionam alguns feitos históricos, como os shows no Timor Leste, na Ásia, e no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, durante as Olimpíadas 2016.
Grupo Esperança de Viola Caipira, Serra Negra
Fundada em 2018, por Hamilton de Luna Freire e Lucas Campaci, o Grupo Esperança de Viola Caipira vem ganhando espaço e prestígio no Circuito das Águas. Em suas apresentações, a orquestra de Serra Negra marca o público com diversão, entretenimento, cultura e aprendizado.
O grupo, conduzido pelo maestro Lucas Campaci, é composto por integrantes de várias idades e possui um repertório cultural rico, com clássicos da cultura raiz, incluindo samba e MPB.
Proporcionando ao seu público nostalgia e ao mesmo tempo aquecendo os corações com as letras, o grupo de viola caipira visa posicionar o instrumento em um ponto alto do pódio musical, a respeitando como a Rainha do Sertão.
Morena da Fronteira, de Socorro
O grupo Morena da Fronteira de viola caipira é tradicional em Socorro. Sob regência do violeiro Ângelo Adriano Correa, cerca de 20 participantes compõem a orquestra adulta, enquanto a orquestra infantil tem hoje 7 crianças
O nome Morena da Fronteira homenageia a cidade de Socorro, que antes de ficar conhecida pelo turismo, esportes de aventura, malharias e a intensa rotina cultural trazia o codinome. Socorro faz fronteira com cinco cidades mineiras, por isso o apelido de Morena da Fronteira.
As aulas da orquestra são gratuitas e oferecidas em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Socorro. O grupo se apresenta em espaços públicos e particulares, incluindo festas e eventos regionais.
